Este blog tem como objetivo explicar o contexto do período Barroco, ele tem como criadores os alunos do curso de Licenciatura em Música da UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana) que por meio de componente curricular Historia da música II veio exigir como atividade avaliativa a elaboração de um site. A explicação do período barroco acontecera por meio de postagens na página inicial sobre o movimento em si, e em biografias de compositores importantes para este período que será postada em páginas com o nome do compositor.

Claudio Monteverdi

Claudio Giovanni Antonio Monteverdi   





   Claudio Giovanni Monteverdi foi um compositormaestrocantor e violista italiano que viveu 1567-1643 , ficou conhecido por ser um compositor que utilizou formas musicais de maneiras diferentes da sua época dando a música um novo estilo e transformando a maneira como ela era vista e contemplada pela sociedade no momento em que ele viveu. Aos 15 anos ele compôs uma coleção de 23 motetos apos 5 anos ele já tinha publicado três madrigais, que foi o gênero musical onde ele pôde colocar em pratica muitas das suas ideias que mudaram a maneira de criar música. O Madrigal foi um gênero musical profano italiano muito utilizado no século XV ele tinhas determinados aspecto que traziam uma determinada prática que era ela essencialmente vocal e que o foco concentrava-se na música em si e não se valorizava o texto, porém Monteverdi cria madrigais que tem um foco no texto reproduzido pela música, trazendo na música emoções que o texto provoca e utilizando dessa característica para atingir as emoções do seu publico. 

   
Aos pouco Monteverdi passa a inovar com seu quinto livro madrigal utilizando uma acompanhamento instrumental e dando em determinados momentos um foco melódico neles, e ele passa a utilizar o baixo continuo que é um acompanhamento onde um instrumento especifico fazia a harmonia da música trazendo outro aspecto que começou a caracterizar a música em seu tempo e passou a trazer uma nova maneira de se enxergar a criação musical. Ele Começa a utilizar em suas obras contextos homofônicos imbricados por polifonias como se era comum no Madrigal, contudo trazendo aspectos florentinos como o cromatismo e uma mistura com a monodia utilizando destes aspectos que já existiam, mas que não eram utilizados em uma prática constante e nem dispostos em uma música com alternâncias da práticas com o foco no texto e na música em si como já foi citado acima.  
    

      Em um momento da sua vida Claudio Monteverdi passa a participar de um contexto sacro onde ele utiliza práticas comuns neste contexto litúrgico, entretanto passa a incluir também aspectos de sua natureza composicional como o baixo continuo que era o acompanhamento realizado por um instrumento como o teclado (cravo), o alaúde ou outro instrumento similar do período. outro aspecto que vai influenciar a vida dele será a morte da sua esposa que o deixa muito triste e depressivo influenciando a sua musicalidade assim como as emoções expressas nas suas músicas. Outro forte fator que influenciou bastante a sua música foi o mercenas que o subsidiava que o dava curtos prazos e sempre atrasava os pagamentos e vivia esbanjando em luxos.  

   

Messa a quattro voci da cappella ( Missa a quatro vozes da capela) 



    Pode-se afirmar que depois de uma vivencia musical vasta como a que Monteverdi teve ele estava pronto para um grande experiência, neste momento ele entrou em contato com o  trabalho dos florentinos Jacopo Peri e Glulio Caccini que tentavam reconstruir o teatro grego e a resposta desta atividade foi um número onde se reuniu um conjunto de árias e recitativos que hoje é conhecido como ópera. Monteverdi cria a sua primeira ópera que se chama "L'orfeo favola in musica" onde ele "inaugura" trazendo o primeiro grande sucesso quebrando algumas regras que se tinham na música. Ringer (2006) diz o seguinte sobre Claudio Monteverdi.  




Para Monteverdi a finalidade da arte era atingir as emoções e não apelar para o puro entendimento intelectual, e para conquistar essa meta o artista devia usar todos os meios ao seu alcance, mesmo que isso significasse infringir algumas regras; arte era, pois, um assunto de interpretação pessoal e não podia ser completamente apreendida pela razão; diante da representação das emoções não cabia estabelecer nada como "certo" ou "errado", mas sim verificar se a arte estava sendo eficiente e verdadeira. Na continuidade dessa tendência cheia de imprecisão e individualismos, o mundo que os renascentistas consideravam perfeitamente cognoscível entrou em colapso, aparecendo em cena como forças dominantes a dualidade, expressa em contrastes poderosos; a subjetividade, e o desequilíbrio ou assimetria, traços típicos do Maneirismo, e depois, muito mais marcadamente, do Barroco

   A partir da primeira ópera criada por Monteverdi ele começa a criar outras óperas e também a escrever curtas obras cênicas que caracterizam a o recitativo dentro da suas obras. pode-se ver que outras obras criadas por ele seguem a linha onde é contada historias gregas se atendo a dramatização e ao começo da formatação da ópera.



Se inicia um período bem marcante a partir dessa obra composta por ele, onde os compositores assumem um novo papel a arte passa a ser cada vez mais aberta ao publico a maneira de criar arte passa a mudar cada vez mais e o texto começa a ter mais importância o contexto polifônico e homofônico passa a ser analisado e utilizado dentro da música juntos imbricados, os instrumento musicais passam a ter um papel mais solido dentro da música e começa se consolidar o que se conhece hoje como barroco.  



Texto redigido por Ernani da Fonseca Santos Junior 


REFERÊNCIAS 


Gusmão, Paulo (ed.). Monteverdi. São Paulo: abril Cultural, 1979. pp. 3; 8 




Dicionário Grove de Música.Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1994, p.563 

Hindley, Geoffrey (ed). The Larousse Encyclopedia of MusicHamlyn, 1990. pp. 171-174

Fabbri, Paolo. Monteverd. Cambridge University Press, 1994. pp. 8-12

Ringer, Mark. Opera's first masterthe musical dramas of Claudio Monteverdi. Hal Leonard Corporation, 2006 " pp. 21-22 

Arnold, Denis Midgley (ed). Claudio MonteverdiEncyclopædia Britannica Online. 22 Dec. 2009 

Fernandes - José C. - Monteverdi: o génio que inventou o Barroco – 2017 - https://observador.pt/especiais/monteverdi-o-genio-que-inventou-o-barroco/. Acessado em 20/04/2018 

GROUT, D.; PALISCA, C. V. História da música ocidental. 5a ed. Lisboa: Gradiva, 2011. P (234 – 236) (243-245) (324 –329)     
    
    



    

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